Desde o início da pandemia, a modalidade home office ganhou adeptos. Muito se falou sobre o tema. Até mesmo aqui com artigos publicados no site De Bellis Advogados. Entre eles, “Home office veio para ficar” e “Home office não é trabalhar 24 horas”. Mas o trabalho presencial também tem seus fãs.
Segundo pesquisa realizada pela Sodexo Benefícios e Incentivos, profissionais de 45 anos ou mais preferem o trabalho presencial. O resultado foi obtido a partir do levantamento com 945 trabalhadores brasileiros em novembro de 2022. Apesar dos formatos virtuais ou híbridos serem preferidos pela maioria dos trabalhadores (58%), a maior parte (81%) segue com o trabalho presencial.
Vantagens do trabalho presencial
De acordo com o estudo, 42% das pessoas preferem o trabalho presencial. Dessas, a grande maioria, 59%, têm 45 anos ou mais. Para esse grupo, o modelo é melhor por contribuir com a produtividade, pelo convívio com os colegas e pela estabilidade. Ou seja, é o mesmo local de trabalho, a jornada fixa e o mesmo grupo de pessoas.
Para Aline Tieppo, gerente executiva de Branding e Comunicação Integrada da Pluxee, novo nome da Sodexo, a chave é a qualidade de vida. Profissionais acima de 45 anos entendem que essa qualidade está associada à estabilidade e à previsibilidade. Por isso, preferem o trabalho presencial. Já os mais jovens, percebem a qualidade de vida na autonomia e na liberdade.
Além disso, o trabalho presencial é visto com bons olhos pelas empresas que buscam criatividade e colaboração. A motivação também é um ponto positivo que se contrapõe ao isolamento do trabalho em home office. A convivência ainda tem vantagens no desenvolvimento de características como comunicação, flexibilidade e escuta ativa.
Ademais, na modalidade de trabalho presencial não existe aquela percepção de fluxo infinito de trabalho, como no home office. Acabou a jornada, acabou o trabalho. Outro ponto positivo destacado pelos adeptos desse sistema é a separação entre a vida pessoal e profissional.
Trabalho híbrido e home office
Em contrapartida, os mais jovens têm opinião contrária. Dos 52% que mudariam de emprego em busca de formatos de trabalho mais adequados, 61% têm entre 18 e 21 anos. É justamente essa faixa que ocupa a maior parcela dos que preferem o modelo anywhere office (14%). Assim, o trabalho presencial é refutado em troca da autonomia e da liberdade.
Durante o home office, é possível organizar melhor o tempo do funcionário e suas atividades, o que torna o trabalho às vezes mais produtivo. Também o trabalho em home office costuma trazer economia para empregados e empregadores, já que não é necessário tempo e custo com deslocamento e com refeição, por exemplo.
Sobretudo, os fãs do home office destacam a melhoria de qualidade de vida, por não perder tempo em trânsito e outras burocracias vistas como desnecessárias. Apontam ainda o conforto e a proximidade com a família como vantagem em contraposição ao trabalho presencial.
Por fim, sabe-se que as duas modalidades têm vantagens e desvantagens. O desafio para empresas e trabalhadores é encontrar um caminho para tornar o trabalho mais produtivo, sem comprometer a saúde e a qualidade de vida.
